Eutanasia
“Não importa, de todo, enaltecer os velhos e denegrir os jovens. Mas temos de estar atentos a um certo movimento de aceleração do tempo aplicado às pessoas, de tal forma que, caído o verniz da juventude, rapidamente se decreta falência forçada e renúncia à própria vida. Como se a perda da juventude fosse um imperativo de ‘desligar a máquina’. Uma espécie de eutanásia de conveniência...”
- António Rego
“Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo É uma gota, é um tempo que nem dá um segundo Há quem fale que é um divino mistério profundo É o sopro do Criador Numa atitude repleta de amor Você diz que é luta e prazer Ele diz que a vida é viver Ela diz que melhor é morrer Pois amada não é e o verbo é sofrer (...) Somos nós que fazemos a vida Como der ou puder ou quiser Sempre desejada Por mais que esteja errada Ninguém quer a morte Só saúde e sorte”
- Luiz Gonzaga Jr.
“Não matarás.”
- V Mandamento do Decálogo (Mateus, 5:21:22)
AUTOR: Barbuda, C.D.L.E. * Introdução
Normalmente, define-se a eutanásia como uma teoria segundo a qual seria lícito apressar a morte dos doentes incuráveis, a fim de lhes poupar do sofrimento da agonia.
A eutanásia não é uma prática recente. Na Grécia Clássica, mais especificamente na cidade-estado de Esparta, as crianças, ao nascerem, eram examinadas por membros do Senado, que as avaliavam com o intuito de determinar se tinham a robustez necessária a um bom militar: as deformadas ou incapazes eram arremessadas do alto do Monte Taijeto. Posteriormente, enquanto do apogeu da civilização romana, os Imperadores, quando voltavam o dedo polegar para baixo, nos circos romanos, autorizavam a execução dos gladiadores feridos mortalmente nos combates, abreviando o sofrimento dos mesmos, e diziam tratar-se de “compaixão real”. Na Índia, os doentes incuráveis eram