Eu e o Campo: Reflexões sobre a Teoria de Campo na Relação Terapêutica
Formação em Gestalt-Terapia – Mensal V
Disciplina: Teoria da Gestalt IV
Professor: Luiz Lilienthal
Eu e o Campo
Reflexões sobre as contribuições da Teoria de Campo na Relação Terapêutica
Gracielle Feitosa de Loiola
São Paulo – SP
Abril de 2013
Reflexões sobre as contribuições da Teoria de Campo na Relação Terapêutica
Por algum motivo, ainda não tão nítido para mim, o contato com a teoria de campo mobilizou-me bastante. Talvez pela possibilidade de compreender as forças do campo, o quanto as partes são influenciadas por esse todo e, reciprocamente, ou por me possibilitar o contato com campos intergeracionais.
Para Robine (2006) a Gestalt-terapia, ao se referir à teoria de campo, designa um campo específico que denomina “campo organismo/ambiente”. Portanto,
Organismo/ambiente deve ser entendido como relativo aos fenômenos (que a Gestalt-terapia chama de “contato”) que se desenvolvem entre um dado organismo e seu ambiente, entre um indivíduo e o que não é ele. O organismo é aqui estabelecido como princípio organizador, elemento referente; o ambiente é a outra parte do campo, e o próprio organismo será incluído no campo. (p. 176).
Yontef (1998), por sua vez, considera que a teoria de campo é uma parte vital da teoria da Gestalt-terapia. Destaca que alguns dos seus conceitos centrais são difíceis de entender, sem a atitude teórica do campo. Para ele, “uma perspectiva de teoria de campo pode fornecer suporte teórico para a integração de uma teoria que abrange o corpo, a mente, as emoções, as interações sociais e os aspectos espirituais e transpessoais”. (p. 177).
A abordagem da teoria de campo evita alguns dilemas criados pelo pensamento dualista, do modo mecanicista de compreensão. O campo indivíduo/ambiente se cria com a parte individual influenciando o resto do campo, e o resto do campo influenciando o indivíduo. Fala em causalidade