PR TICAS GRUPAIS CAPS
PSICOSSOCIAL: SUA RELEVÂNCIA E O RISCO DE IATROGENIAS
Renata Bellenzani1: renatabellenzani@hotmail.com
Mayara Karolina Alvarenga Recaldes Gomes Coutinho2: mayaracoutinhopsico@hotmail.com
Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiro2: maylla-monnik@hotmail.com
1) Introduzindo os temas: saúde mental, grupo e humanização da atenção
O modo de entender e tratar a loucura tem sofrido grandes mudanças no decorrer da história, saindo de um modelo hospitalocêntrico centrado na instituição psiquiátrica e nos tratamentos morais promotores de exclusão e estigmatização do doente mental, para um novo modelo, de base territorial que entende as pessoas portadoras de transtornos mentais como sujeito de direitos (Antunes e Queiroz, 2007). A insuficiência do sistema hospitalar no atendimento prolongado a pessoas em sofrimento psíquico atrelada às condições desumanas a que estas pessoas eram submetidas até o século XX, desencadeou um processo de transformação que sustentou a Reforma Psiquiátrica suscitada em vários países (Brasil, 2007). No Brasil, o Movimento Nacional de Luta
Antimanicomial (MNLA) reúne diversos segmentos da sociedade, surgiu há mais de vinte anos e sofreu maior influência da reforma psiquiátrica italiana. (Lancetti e
Amarante, 2006) Pautado numa perspectiva crítica da doença mental e da psiquiatria, o movimento questiona a maneira de pensar e tratar a loucura, criticando os pressupostos psiquiátricos quanto a seus efeitos de normatização e controle (Neto, 2003). A extinção progressiva dos hospitais psiquiátricos e a criação de uma rede substitutiva de atenção à saúde mental que considere a liberdade e o acesso à cidadania dos portadores de transtornos mentais são as principais reivindicações do MNLA no Brasil.
O CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) é o principal equipamento desta rede, e tem por objetivo o tratamento e reabilitação psicossocial e a promoção da autonomia e cidadania, além de ser orientado pela noção de