Etiologia da Histeria
MÁRCIO TAVARES
Resumo do texto “Etiologia da Histeria”, como pré-requisito de leitura no mês de novembro/06 para o Estágio Supervisionado em Psicanálise Clínica II.
Campos dos Goytacazes
Novembro de 2006
Etiologia da Histeria
O presente texto busca apresentar as condições que são imprescindíveis para a compreensão dos fenômenos característicos do conceito, descrito por Freud denominado de histeria. Inicialmente encontramos na obra de Freud um breve relato que virá distinguir o conceito de histeria por ele postulado comparando-se ao de Charcot. Neste último, segundo
Freud, “somente a hereditariedade merece ser reconhecida como a verdadeira causa da histeria”. Freud neste texto vem propor um segundo método a fim de se chegar à etiologia da histeria, ele pretende através dos sintomas histéricos penetrar em suas causas. Para isso, ele faz alusão ao trabalho de um arqueólogo, que vai adentrando cuidadosamente nas evidências históricas encontradas e vai caminhando no sentido de se chegar ao mais perto possível da raiz obscura em que se encontra a origem causante do sintoma.
A forma com que Freud se propõe nessa caminha está embasada nos estudos de J. Breuer:
“os sintomas das histerias são determinados por certas experiências do paciente que atuaram de modo traumático e que são reproduzidas em sua vida psíquica sob a forma de símbolos mnêmicos”. Ele então faz a seguinte proposição: “O que temos a fazer é aplicar o método de Breuer — ou algum que lhe seja essencialmente idêntico — de modo a fazer a atenção do paciente retroagir desde seu sintoma até a cena na qual e pela qual o sintoma surgiu; e, tendo assim localizado a cena, eliminamos o sintoma ao promover, durante a reprodução da cena traumática, uma correção subseqüente do curso psíquico dos acontecimentos que então ocorreram”.
Freud percebe, porém, que o trabalho desempenhado por Breuer através da técnica hipnótica não traz o resultado esperado no que