Etinicidade
As relações raciais e étnicas se baseiam nos contextos sociais, em particular, na natureza das relações de uma pessoa com membros de outros grupos raciais e étnicos, que modelam e modificam continuamente sua identidade racial e étnica. Ou seja, se houver uma mudança no contexto social, haverá uma consequente mudança na concepção racial e étnica, com relação ao meio social anterior.
O desenvolvimento de marcas raciais e étnicas envolve um processo de negociação, seja dentro ou fora de um grupo social. As marcas étnicas e raciais podem ser escolhidas ou impostas. Prova disso são os Imigrantes Italianos que vieram para a América no início do século XX. Os imigrantes italianos pensavam sobre si mesmos como oriundos das cidades ou províncias específicas, como a Sicília ou Veneza, mas não como italianos. Ou seja, quem vinha da Sicília era Siciliano, quem vinha de Veneza era Veneziano (escolhida). Ao chegarem ao Brasil, todos os passaram a ser identificados como italianos, constituindo uma nova identidade que se sobrepôs às identidades regionais e étnicas de origem (imposta).
A mistura intensa de indivíduos de raças e etnias diferentes acaba por gerar certas hierarquias, muito presente em países heterogêneos. Tal hierarquia tem como resultado o Racismo. O Racismo é a crença segundo a qual uma característica visível de um indivíduo – por exemplo, a cor da pele – indica sua inferioridade e justifica a sua discriminação. Um exemplo disso é o negro no contexto da sociedade brasileira, que por diversas situações, é alvo de discriminações, a exemplo de xingamentos, salários menores, direitos jurídicos mais restritos na prática, entre outros.
O racismo institucional é o viés inerente a instituições sociais e que raramente é percebido pelos membros do grupo majoritário. Um exemplo disso é quando a polícia seleciona pessoas negras, em sua maioria, em batidas policiais, ou quando as lojas instruem seus empregados a prestar mais atenção nos