etica
A expressão “ética empresarial” está sendo cada vez mais aceita e utilizada na acepção de conjunto de preceitos morais e de responsabilidade social a serem observados pelas organizações conhecidas como empresas.
Em cada uma dessas organizações alguém (denominado empresário) reúne os três fatores técnicos da produção – a natureza, o capital e o trabalho – para produzir um bem ou um serviço. Esse bem ou serviço é oferecido pela organização ao mercado, que o adquire. A organização obtém, então, da diferença entre o preço de venda e o custo de produção, o proveito monetário denominado “lucro”. Portanto, o desenvolvimento de uma atividade visando o lucro integra o conceito de “empresa”.
Essa característica de organização lucrativa, gerou sempre a desconfiança da eventual impossibilidade de se conciliar as suas práticas com os conceitos éticos.
No século XVII Adam Smith conseguiu demonstrar na sua obra “A riqueza das nações” que o lucro poderia ser aceito como uma justa remuneração ao empreendedor e que essa parcela de valor acrescido acabava resultando em investimentos ou consumo, os quais por sua vez eram responsáveis por mais empregos remunerados. O lucro acabava operando, assim, uma função social de melhoria do bem-estar geral, através da geração de empregos e das correspondentes remunerações. Essa foi a primeira demonstração da possibilidade de conciliação entre o lucro e a ética e, portanto, também entre esta última e a empresa.
Outros atos de grande repercussão foram ajudando a consolidar a noção de que o lucro poderia e deveria se submeter a princípios éticos. São exemplos: a encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII; a lei norte-americana denominada “Sherman Act” de 1890; a lei norte-americana denominada “Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), de 1977, proibindo a corrupção de autoridades estrangeiras.
Em todos os países do mundo tem sido crescente a pressão social no sentido de que as empresas