Etica

A ÉTICA SEGUNDO FRIEDRICH NIETZSCHE (1844-1900)

Nasceu em Rocken, na Alemanha. Durante muitos anos, padeceu de uma doença que o levaria a episódios de perda da consciência e crises de loucura. Sentiu-se profundamente atraído pelas reflexões filosóficas de Schopenhauer.
Realizou uma crítica radical à tradição filosófica e aos valores fundamentais da civilização ocidental, construindo um pensamento diferente e original, “a golpes de martelo”, sendo considerado um filósofo pré-existencialista. Desenvolveu uma crítica intensa aos valores morais, propondo uma nova abordagem a “Genealogia Moral” – o estudo da formação histórica dos valores morais.
Sua conclusão foi de que não existem as noções absolutas de bem e mal. Para ele, as concepções morais são elaboradas pelos homens, a partir de interesses humanos. São produtos histórico-culturais. No entanto, as religiões impõem, segundo ele, esses valores humanos como se fossem produtos da “vontade de Deus”. Para o filósofo, grande parte das pessoas acomoda-se a uma “moral de rebanho”, baseada na submissão irrefletida aos valores dominantes da civilização cristã e burguesa. Trata-se, pois, de uma crítica ao conservadorismo religioso e à visão de mundo burguesa. Segundo a análise de Nietzsche, no momento em que o cristianismo deixou de ser a “única verdade para se tornar uma das interpretações possíveis de mundo”, toda a civilização ocidental e seus valores absolutos também foram postos em xeque. Durante o século XVIII e início do século XIX a explosão da tecnologia, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial promoveram sentimentos de euforia e otimismo. No entanto, alguns filósofos surgiram com a doutrina do niilismo. Baseado na negação da ordem social, do esteticismo (supremacia dos valores estéticos) e da metafísica-teológica cristã, o niilismo favorecia o utilitarismo e o racionalismo científico. Na segunda metade do século XIX, Friedrich