ETICA SITUACIONAL
7 DE OUTUBRO DE 2009 1 COMENTÁRIO
Não demorou muito para que o ocidente abandonasse as idéias éticas tradicionais do cristianismo. O homem moderno distanciou-se de Deus, e ao distanciar-se perdeu também seus valores éticos, e consequentemente teve que partir em busca de uma nova moralidade. É esse novo conjunto de valores do homem moderno que nós denominamos ética situacional.
Com raízes que penetram os princípios éticos de homens como Karl Barth, Rudolf Bultmann e Paul Tillich, com princípios teológicos mais existencialistas que puritanos, mais neo-ortodoxos do que propriamente ortodoxos, o movimento chamou a atenção da opinião publica em 1966, quando o Dr. Joseph Fletcher, professor de ética social no Seminário Episcopal de Cambridge, Massachusetts, publicou o livro Situation Ethics. O livro de Robinson, Honest to God, também ajudou a propagar as idéias do movimento.
A popularidade da ética situacional como sistema teológico não teve tanta influência nos seminários teológicos protestantes do Brasil, embora como sistema filosófico, suas idéias tenham sido rapidamente implantadas nas universidades brasileiras. Quanto aos pressupostos da ética situacional, Fletcher definiu esses pressupostos como sendo:
Pragmatismo – Doutrina segundo a qual o valor da verdade é determindado pela funcionabilidade.
Relativismo – Conceito filosófico segundo a qual a verdade é um valor subjetivo, não havendo imposição moral absoluta.
Positivismo – Segundo essa cosmovisão, as declarações de fé são voluntaristas e não racionais.
Existencialismo – Filosofia que coloca o homem no centro do universo. O importante não são os valores objetivos, mas a maneira como o ser humano experimenta esses valores.
Essa nova moralidade religiosa, ou ética situacional, se opõe grave e abertamente a muitas formas da “ética tradicional”. Ela é uma reação às leis, normas e princípios morais da velha moralidade,