etica profissional
Raphael Coqueiro
Trabalho baseado na leitura do texto, “Vertigem Digital”, de Andrew Keen.
Na era digital, as redes sociais fazem lembrar uma antiga canção de Roberto Carlos feita em tempos analógicos: “Eu quero ter um milhão de amigos”. A música, de 1974, trata da utopia de uma vida social construída por redes de amizades. Nada mais apropriado para traduzir as relações sociais atuais, nas quais com apenas um clique acrescenta-se ou exclui-se uma pessoa.
Em uma passagem do texto “Vertigem Digital”, publicado pela editora Zahar, em 2012, Andrew Keen acredita ter se tornado “pouco mais que um cadáver em exposição perpétua numa caixa transparente”. A tal caixa transparente seria a vida social publicada e propagandeada na internet.
Em um outro ponto do texto, Keen cita Reid Hoffman, criador da rede social LinkedIn, quando este usa a Política de Aristóteles para justificar que o homem é por natureza um animal social. Ora, se o homem é social, seja no espaço digital ou analógico, que espaço sobra para aqueles que não querem fazer parte desta “social”? Qual é o espaço que sobra para a privacidade?
Na sociedade contemporânea em que vivemos, as mídias sociais estão deixando de ser a nossa vida virtual para representar nossa vida real. Não existe mais tempo para o “offline”. No filme A rede social, de 2010, Sean Parker, presidente do Facebook, interpretado pelo cantor e ator Justin Timberlake, previu que nós viveríamos na internet como uma sociedade conectada por bytes. Neste novo “mundo real”, o que acontece com aqueles que não querem ou não podem fazer parte?
Um dos pontos mais defendidos pelos que preferem a solidão à conectividade, é a perda de privacidade. Terem suas vidas expostas através de fotos ou videos parece ser uma alternativa que não os agrada.
Para corroborar o direito à privacidade e contrapor os argumentos aristotélicos utilizados por Reid Hoffman, de que seria o homem um ser social por natureza, o