etica cristã
Junto com a bondade e a amabilidade, o homem também recebe a liberdade, ou melhor, a capacidade de deliberação. Ora, se o homem age de acordo com a sua natureza, ele está agindo bem (virtude). Se o homem não age de acordo com sua natureza, ele está praticando o mal (pecado). Todo homem deveria ser coerente com a sua própria natureza e evitar o mal. No entanto, o homem sente-se atraído a praticar o mal e muitas vezes pratica-o. Para que isso não aconteça e se mantenha reto na ordem de sua natureza, o homem age através da ascese e da graça, em conseqüência, está desempenhando uma ação virtuosa. A virtude, para Agostinho, não é um fim em si mesma. Ela é apenas um meio que conduz o homem ao Fim.
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O que chamamos de ética cristã, não se refere ao que Jesus de Nazaré teria vivido e ensinado, mas àquilo que seus discípulos organizaram ao longo da Idade Média.
O fato é que a Igreja, também para se firmar e sobreviver, precisou adaptar-se. Nos primeiros anos produzindo uma literatura de autodefesa o que foi chamado de Apologia. Nessa fase a defesa dos valores cristãos (ética cristã) se baseava em afirmar esses valores. Mostrá-los como um caminho (o próprio cristianismo era chamado de "o caminho!") para a paz social e bom relacionamento entre as pessoas.
A ética grega surge com a especulação dos filósofos sobre os costumes do seu tempo e das suas cidades, isto é, além das práticas habituais de conduta, também as crenças de caráter religioso aí implicadas. Já nos pré-socráticos, encontramos algumas reflexões com o intuito de descobrir as razões pelas quais os homens devem se comportar de determinada maneira. Mais do que isto, o discurso ético procura definir uma atitude reflexiva e racional para julgar as ações humanas (como exemplo, podemos citar Demócrito).
A ética cristã, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas