Esudante

1. JOGOS COOPERATIVOS X COMPETIÇAO

1.1 Relação Social

A sociedade contemporânea, ligada a princípios e valores individualistas, da ênfase, desde a formação primaria, aos instintos competitivos e sua importância. O sentido de cooperação há muito tempo perdeu seu significado, reflexo de uma cultura que não visa o bem estar do todo, e sim da parte. Nas escolas ou em qualquer tipo de instituição que prepara a criança ou jovem para a vida social e profissional, a coletividade e o bem-estar de todos gradativamente deram lugar a conceitos que impossibilitam uma visa mais abrangente, onde, nas atividades em grupo, há desconfiança e a visão de que a realização é destinada a uma parcela somente. Prevendo os efeitos de uma relação egoísta entre os membros de uma sociedade, diversos pesquisadores, como o canadense Terry Orlick, desenvolveram estudos relacionados às atividades físicas, em especial aos jogos cooperativos, por compreenderem que, por promover uma interação maior entre indivíduos, os jogos influem bastante na vida social e no modo de pensar dos mesmos. Esses estudos, iniciados na década de 70, definem como base dessas atividades, sentimentos de cooperação, aceitação, envolvimento e diversão. Orlick questionou as regras dos jogos tradicionais e adaptou-os para transformá-los em jogos cooperativos. Neles o confronto é eliminado e jogam-se uns “com” os outros, ao invés de uns “contra” outros. A comunicação e a criatividade são estimuladas para se alcançar um objetivo comum.

1.2Jogos cooperativos e competitivos como recurso educacional O brasileiro Fabio Otuzi Brotto, um dos percussores desse novo enfoque, diz que o objetivo dos jogos cooperativos é “harmonizar o desenvolvimento da habilidade física com o desenvolvimento das potencialidades pessoais e coletivas dos alunos” . A dinâmica dos jogos cooperativos já foi incorporada por empresas e institutos educacionais , visto que promove uma relação mais saudável a