Estética dos Obeliscos
Quanto ao piramideon, topo do obelisco, tratar-se de um tipo de pedra consagrada ao Deus sol mesmo antes do aparecimento do primeiro faraó, diz Habachi. Conhecidas como Ben ou BenBen, acredita-se que tenham sido o fetiche do deus primordial ATUM (Sol Poente) e do deus RÁ ou RÁ-HARAKHTI (Sol Nascente). Essas pedras foram associadas ao pássaro Fênix ou Benu, vinda do leste para viver em Heliópolis durante quinhentos anos, quando retornava ao leste para ser enterrada pela jovem Fênix que viria tomar o seu lugar. De acordo com essa versão, o pássaro, ao invés de ser substituído por uma nova ave, reviveria, estando, assim, conectado ao deus da morte.
Os obeliscos, recobertos ou não de metais preciosos, foram motivo de homenagens em relações internacionais. É o caso do obelisco de Paris, presente do Vice-Rei do Egito, Mehemet Allí, ao rei Luis Felipe da França, em 1831. Por estar situado na Praça de La Concorde, e ser originário do templo de Luxor, construção do faraó Ramsés II, em Karnak, é 25 um monumento conhecido no mundo todo, e o mais antigo de Paris. Em 14 de maio de 1998, recebeu uma fina cobertura de ouro sobre a sua ponta como parte das celebrações das relações Franco–egípcias, marcadas pela visita do presidente egípcio Hosni Mubarak ao país.
Esses monumentos também foram utilizados em contextos funerários, por exemplo, as pirâmides dos reis da 5ª Dinastia, cujos obeliscos foram usados como estelas funerárias.
Muitas vezes, os egípcios consideravam o obelisco o próprio deus solar, para o qual