ACERVO ARQUITETÔNICO - ART DÉCO
Belo Horizonte possui um precioso acervo arquitetônico art déco. No período compreendido entre as duas guerras mundiais, um estilo inovador se espalhou por todo o mundo – era o art déco - uma nova concepção de arquitetura que foi adotada para as mais diversas construções, prédios públicos, residências, cinemas, fábricas, arranha-céus e outros.
O novo estilo valorizava, na sua estética, a abstração, a linha, a forma, o volume e a cor, sendo fortemente influenciado pelo cubismo, futurismo e pela redescoberta da arte primitiva. O estilo se aproveitou dos benefícios e novidades da industrialização, bem como das novas técnicas construtivas como as armações de ferro e o concreto, que foram importantes para a grande predominância das linhas geométricas das fachadas déco.
O art déco foi introduzido em Belo Horizonte por arquitetos italianos. O grande destaque é para Raffaello Berti, responsável pelas principais construções do estilo, que acabou ganhando o termo regional de “pó de pedra”, devido ao revestimento das paredes levar uma grande quantidade de mica. Outros arquitetos adeptos do estilo foram: Romeu de Paoli, Ângelo Murgel e Luis Pinto Coelho.
A influência das artes primitivas pode ser observada nos edifícios com nomes indígenas, a exemplo das figuras indígenas na fachada do edifício Acaiaca e dos desenhos marajoaras da pavimentação da praça Raul Soares. Existem ainda pequenos prédios na área que compreende as ruas Caetés e Guarani, avenida Paraná e avenida Olegário Maciel, que são de forte influência do estilo déco. Alguns destes prédios sofreram algumas descaracterizações, principalmente em decorrência dos letreiros das casas comerciais, mas