Estágio
1. “Articular o passado historicamente não significa conhece-lo” tal como ele propriamente foi”. Significa apoderar-se de uma lembrança tal como ela lampeja num instante de perigo.” (Benjamin, Tese VI) Esta tese começa com uma problematização recorrente do trabalho de ser historiador, que é o fato de se conhecer o passado “tal como ele propriamente foi” como se sabe, após algumas leituras complementares para a compreensão deste fragmento de Benjamin, como o Futuro Passado de Koselleck, podemos perceber que é algo certamente é impossível de se atingir. Isso se deve ao fato de que a História enquanto disciplina nada mais é do que um conjunto de interpretações de pessoas que escrevem sobre algo que acreditam que deveria ter ocorrido de uma maneira que julgam ser imparcial, mas que de certa forma se percebe que apenas é uma interpretação que sofre influencias tanto do meio em que foi escrito quanto das visões de mundo e das ‘paixões’ pessoais de quem escreve. Para Benjamin ainda teremos uma maior problematização, pois em seu texto ele se refere ainda a uma História dos Vencedores, na qual ele se baseia em uma crítica ao registro historiográfico em que preferencialmente se refere tanto ao registro e as preferencias em sala de aula à história visando o ponto de vista do homem branco europeu ocidental, ‘esquecendo-se’ e menosprezando de certa forma outros registros historiográficos.
2. “Primeiro, o que é isso que podemos chamar de presente e como ele afeta, de forma específica, nossa relação com a história. Em segundo lugar, como certos traços de nossa contemporaneidade exigem uma reformulação do modo como geralmente lidamos com o problema do tempo em sala de aula.” (Valdei Lopes, p. 66) Neste fragmento introdutório do texto de Valdei a cerca da aula como desafio à consciência histórica, podemos primeiramente verificar a importância dada pelo autor ao presente. Ele trabalha com a noção de História Testemunho, em que se baseia que a melhor