DESENVOLVIMENTO 2.1 A felicidade enquanto finalidade última de toda a ação humana. Por mais que as pessoas de uma maneira geral, façam críticas negativas ao processo de generalizações, eis que essa generalização que assumiremos a seguir se faz necessária e é em suma verdadeira: o objetivo final de todas as ações humanas é a Felicidade, todas as pessoas sem distinção de sexo, cor, religião ou sexualidade buscam a Felicidade. Os filósofos, helenos antigos, acreditavam e professavam que a eudaimonia (esse termo é o mais usual para traduzir Felicidade, os helenos antigos tinham mais de uma definição e significação para o nosso termo atual felicidade), era uma dádiva concedida pelos deuses e retirada pelos deuses, conforme seus bels prazeres, e afirmavam que era mais inteligente ser cúmplice dos deuses do que vítima dos mesmos. Porém, Platão (1997) em sua obra máxima a República explica que as condições e possibilidades de conseguirmos a Felicidade advêm da vida contemplativa. O que é correto afirmar sobre o pensamento de Platão, quando a questão é a Felicidade: a Felicidade só é possível se, e somente se, o humano por meio de uma vida contemplativa, regrada com ginástica, música e a dialética alcançará a Ideia do Bem. O Bem é a causa da justiça, beleza e Felicidade. Portanto, a Felicidade não seria a condição de um dia e sim projeto de uma vida inteira dedicada a evolução do Ser, nesse processo a Felicidade seria a realização plena da natureza humana. [...] ao fundarmos a cidade, não tínhamos em vista tornar uma única classe eminentemente feliz, mas, tanto quanto possível, toda a cidade. De fato, pensávamos que só numa cidade assim encontraríamos a justiça e na cidade pior constituída, a injustiça [...] Agora julgamos modelar a cidade feliz, mas considerando-a como um todo [...] (PLATÃO, 1997, p. 115-116) Aristóteles (1985) seguiu seu mestre Platão de maneira muito semelhante, em sua obra filosófica denominada de Ética a Nicômaco, o filósofo pensa uma maneira de