Com fins de abordar aspectos do desenvolvimento infantil, o presente trabalho tem como objetivo aprofundar nos conceitos que tangem o desenvolvimento nas diferentes etapas da infância. Relacionando o mesmo não só com as esferas cognitivas, físicas e socioemocionais de uma criança, mas também com a teoria desenvolvimentista de Piaget, que transcorre a fundo o tema. Ao entrevistarmos a mãe de uma menina de 7 anos, chamada Lara (nome real), abordamos etapas do desenvolvimento até sua atual idade, notificando e assimilando conceitos expostos em sala de aula. Assim, a entrevista se dá de forma progressiva, uma vez que começa por abordar aspectos do desenvolvimento pré-natal, e avança até o desenvolvimento na terceira infância. Na fase pré-natal, o comportamento fetal já pode ser percebido. Além disso, aspectos biológicos já influenciam na saúde do feto e o desenvolvimento de seu cérebro já se dá por iniciado. Ao questionarmos a professora Clésia, mãe de Lara, sobre o comportamento de sua filha na barriga, a mesma afirma ter sentido os primeiros chutes do bebê num período próximo do terceiro ou quarto mês de gestação, complementando ainda que os mesmos só vieram a aumentar a medida que a gravidez avançava. Além dos comportamentos notificados pela mãe, no período pré-natal, o feto já respira, dá cambalhotas, realiza a sucção polegar e faz movimentos de abrir e fechar as mãos (comportamentos de mais difícil percepção). Ao contar que no período gestacional passou por uma reforma em sua casa, sentindo-se muito incomodada com barulhos e perturbações decorrentes da obra, Clésia afirma ter se sentido sensível e afetada frente ao tumulto e aos movimentos da obra. Ainda segundo ela, Lara possui a mesma sensibilidade até hoje frente a alvoroços e grandes perturbações, o que poderia ser classificado como uma espécie de memória pré-natal. Devido a sua idade avançada, a professora diz ter sofrido uma calcificação da placenta ainda na gravidez, fato que colaborou para