Estudo sobre consciencia
A neurociência apresenta uma visão na qual “consciência” pode ser entendida como uma estrutura biocomputacional que possibilita a experiencia fenomenológica do agente do processamento biocomputacional, em outras palavras, ela pode ser entendida como a estrutura que nos possibilita a percepção da experiência em si. Porém, não há nenhuma explicação totalmente satisfatória para a estrutura de formação da consciência, muitas teorias surgiram como por exemplo e a ideia proposta por René Descartes no século XVII. A teoria do Dualismo Mente-Corpo, na qual o filósofo afirma que a mente e a realidade externa são dois planos separados, autônomos e independentes. Descartes advoga que mente é uma entidade, que caracteriza-se pelo fato de ter consciência , enquanto a realidade externa é material e os vários estados de consciência (sentimento,pensamento, sensação, etc) são intangíveis no mundo material e assim é a mente e tudo que se relaciona a ela, independe de materialidade, e que a consciência interage com o corpo através da glândula cerebral pineal. O Filósofo Daniel Dennett é um grande crítico da teoria cartesiana, ele denomina o modelo tradicional de “teatro cartesiano”, o qual pode ser definido como uma figura metafórica de como a experiência consciente deve estar no cérebro, e surge quando o dualismo cartesiano é parcialmente rejeitado, dando origem ao que o autor chama de “materialismo cartesiano”, esse seria um limiar cerebral no qual os inputs recebidos se igualariam aos outputs resultantes na experiência, pois tudo o que ocorre é sinal de que o indivíduo esta consciente. Para Dennett, quando se subtrai o dualismo cartesiano do quadro, o que nos resta é um modelo para imaginar um teatro no cérebro, onde há um homúnculo que realiza a tarefa de observar todos os dados sensoriais captados e projetados numa tela e desse modo tomar decisões e enviar comandos para o corpo. Com o passar do tempo as ideias para explicar a consciência foram