Estudo de Gol
A entrada da Gol no mercado aéreo brasileiro
Na década de 1990, o mercado aéreo doméstico brasileiro era dividido entre quatro empresas de aviação: Varig, TAM, Vasp e Transbrasil.
O ano de 1998 ficou marcado como um ano negro para a aviação do país: uma grande “guerra de tarifas” reduziu a rentabilidade do todas essas empresas, o que gerou sérios prejuízos e reduziu a ocupação nos vôos para taxas inferiores a 60 por cento — taxa considerada necessária para garantir a rentabilidade do uma empresa de transporte aéreo.
No início de 1999, as já fragilizadas companhias aéreas brasileiras sofreram um duro golpe com a desvalorização cambial, que reduziu a demanda por viagens internacionais e domésticas e causou um efeito negativo sobre os custos que são, em grande parte, atrelados a moeda norte-americana, assim como as dívidas e contratos de leasing das empresas. As companhias aéreas se reestruturam, organizaram-se internamente e entraram em uma nova dinâmica do mercado.
O ano 2000 foi um ano de equilíbrio na viação aérea nacional, com a Varig e a TAM liderando o mercado voltado para o transporte de executivos e a Vasp e a Transbrasil procurando se manter em operação no mercado doméstico nacional, mais sensível a preço. Ainda nesse ano, o mercado reencontrou o equilíbrio, e as empresas procuraram não entrar em confronto direto, principalmente quando o assunto era a disputa por preços.
Em 2001, a Gol chegou ao mercado.
Dentro desse panorama competitivo, por iniciativa do Grupo Áurea — maior grupo de transporte rodoviário brasileiro — a Gol Transportes Aéreos Ltda. foi fundada com o propósito de atuar no mercado de transportes aéreos com uma nova forma de operação intitulada internacionalmente low cost, low fare ( custo baixo, tarifa baixa ). Um grupo de executivos foi contratado e iniciou-se uma expedição para visitar as principais empresas desse segmento, como as norte-americanas Southwest e Jet Blue, a inglesa EasyJet e a irlandesa