Estudo de caso
A Cachaça Leblon é uma empresa que já nasceu internacional, com sede nos Estados Unidos, produção no Brasil e engarrafamento na França. Por meio de um projeto criativo e inovador, a empresa conquistou mercado lá fora para um produto tipicamente brasileiro. Este case mostra como a empresa teve início e os passos seguintes em seu processo de expansão no exterior1. Essa concepção de empresa levou em consideração o posicionamento que Luttmann pretendia dar ao produto, que incluía qualidade superior, exclusividade e estilo de vida moderno, de forma a diferenciálo de seus similares nacionais – vistos como artesanais em sua grande maioria – e aproximá-lo das bebidas destiladas de prestígio internacional, tais como o uísque e a vodca, mas sem perder a característica principal de ser um produto brasileiro. O primeiro ponto do projeto, que estabeleceu a sede nos Estados Unidos, deveu-se ao fato de ser esse o maior mercado do mundo para bebidas destiladas de preço elevado. O segundo elemento da estrutura da empresa atendeu ao cuidado de escolher uma região do Brasil que, tradicionalmente, produzisse uma cachaça de qualidade superior e o terceiro elemento surgiu da necessidade de utilizar uma embalagem de luxo, conforme relata Marcio Pavlov, diretor de operações e logística da empresa:
Histórico
Steve Luttmann, um executivo norte-americano que trabalhou na subsidiária brasileira de uma empresa multinacional, quando de sua passagem pelo Brasil provou a caipirinha, gostou, e visualizou um grande potencial de mercado para a cachaça no mundo. Essa percepção motivou Luttmann a montar um plano de negócio para criar uma empresa que teria como objetivo lançar uma cachaça de qualidade no mercado internacional. Do plano à ação passou-se pouco mais de um ano e, no mês de junho de 2005, a nova empresa já iniciava suas operações, tendo como base a seguinte estrutura: • • •
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Sede da empresa: Estados Unidos (no estado de Delaware, com