Estudo de caso
Questão 1: Na sua opinião, o conselho de administração exerceu suas atribuições de forma satisfatória? Explique.
O conselho de administração da Agrenco não exerceu suas atribuições de forma satisfatória, primeiramente porque violava um dos elementos da governança corporativa: apresentava o acúmulo de funções entre proprietários e conselheiros, maximizando os conflitos de interesse, como se pode observar o sócio Antonio Iafelice que também presidia o conselho de administração. O acúmulo de cargos de CEO e chairman não é bem visto na governança corporativa, pois são cargos de muita responsabilidade. Ademais, na estrutura hierárquica de uma empresa, os sócios controlam o conselho de administração e uma mesma pessoa ocupando os dois cargos podem ocorrer conflitos de interesse, como já fora apontado.
No geral, a empresa ignorou os princípios básicos de governança corporativa, sendo assim, o conselho de administração não tinha um controle satisfatório sobre as ações da empresa, permitindo que as situações ocorridas resultassem no desvio de dinheiro da empresa, fraudes de balanços, sonegação fiscal e outros crimes.
Questão 2: A Agrenco não possuía comitê de auditoria nem conselho fiscal. Como o comitê de auditoria, sendo um dos principais órgãos de Governança, poderia ter uma contribuição positiva no sentido de proteção dos diversos stakeholders?
O comitê de auditoria tem uma contribuição para proteger os stakeholders, uma vez que os conselheiros, que devem ser independentes, supervisionam e avaliam os trabalhos de auditoria em geral (interna e externa) assegurando um adequado sistema de controles internos. Além disso, avaliam a qualidade das demonstrações contábeis a fim de evitar fraudes e desvio de recursos da empresa que venham a prejudicar seus stakeholders e a imagem da organização. No caso da Agrenco, por exemplo, um comitê de auditoria poderia ter evitado o desvio de dinheiro por meio de laranjas e documentos falsos feito