estudo de caso
Estudo de Caso – Cidade dos Meninos
Em 1946 foi criada a Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias (RJ), como parte do Centro de Promoção Social
Fundação Abrigo Cristo Redentor que servia como albergue para menores carentes.
Em 1947, o então Ministério da Educação e Saúde instalou o Instituto de Malariologia na mesma região, com a finalidade de criar estruturas de apoio aos programas de combate às endemias rurais como a malária, doença de
Chagas e a febre amarela. Em 1950, inicou-se a produção do hexaclorociclohexano (HCH), lindano e diclorodifeniltricloroetano (DDT) usado no controle da malária.
Em 1965, a indústria fecha, e em 1989, após divulgação pela imprensa da comercialização clandestina de pesticidas nas feiras livres de Duque de Caxias, foi constatada, nas dependências da antiga fábrica, a existência de um depósito abandonado, contendo quantidade avaliada em 350 toneladas de HCH e lindano, bem como de outros produtos utilizados em seu processamento. Os resíduos foram encontrados espalhados em contato direto com o solo em uma área descampada de aproximadamente 13.000m2. Somente em 1999, a área foi posteriormente cercada e foram colocadas placas de identificação no local, constituindo o que se denominou foco principal.
O solo contaminado foi utilizado para aterrar a estrada principal, com 4km de extensão, que atravessa a Cidade dos
Meninos. A contaminação se espalhou e é encontrada nos terrenos das casas vizinhas. Segundo relato de moradores, a fábrica abandonada foi se arruinando e os tonéis de papelão nos quais o chamado hexaclorociclobenzeno estava acondicionado se romperam com o tempo e foram se infiltrando pelo solo, contaminando pastagens e hortas, sendo espalhado pelo vento, pisado por pés descalços, inalado. O pó foi também utilizado pelos moradores para a impermeabilização da estrada e nas cabeças das crianças para matar piolho. No ano 2000, o governo federal pede a realização de uma avaliação