Estudo de caso geração y
Jones afastou a sua cadeira do computador e das planilhas e fórmulas que tinham deixado os seus olhos vermelhos e seu humor azedo. De pé, deu uma bela espreguiçada e ficou um instante pensado sobre aquele martírio: há três dias a única coisa que fazia era consolidar dados de faturamento na bilheteria e público de filmes nos Estados Unidos e no exterior. A ordem viera da chefe, Sara diretora de Marketing da divisão de cinema de uma empresa de entretenimento. Sara e a equipe estava preparando o plano de promoção e publicidade para o próximo longa metragem da série Fire Force Five. A apresentação para o presidente da empresa, para o diretor de distribuição e outros chefes da divisão estava programada para sexta feira.
Mais dois dias – muitas horas mais, muito mais dadas a compilar antes de poder dormir, calculou o assistente de marketing, de 23 anos. Jones afundou na cadeira.
Formado havia pouco tempo pela Universidade da Califórnia, Jones se imaginava fazendo filmes que trouxessem uma crítica social e que atingissem o maior número possível de público. Com uma ajudinha do tio, um respeitado produtor de TV com belos contatos, Jones foi parar em uma das três maiores empresa de produção e distribuição de multimídia do mundo. A empresa contava com grandes divisões de cinema, TV, DVD e música. Jones esperava que o seu trabalho fosse trazer emoção e oportunidade de sobra – ia ver filmes e programas de TV sendo rodados ali ao lado, cruzar com gente importante e poderosa do setor, receber ofertas de outras produtoras, e é claro curtir a incrível vida noturna de Los Angeles. Mas agora, depois de dez meses ali – elaborando projetos triviais – estava desanimado. Quem diria que uma vida em um estúdio cinematográfico pudesse ser tão enfadonha?
De repente, sentiu a conhecida vibração do iPhone. Era uma mensagem de um amigo para um encontro para um cafezinho. Ah! Um intervalo seria ótimo. No caminho achou bom avisar Sara onde estaria.