estudo de caso general motoros
Autoria: Juliana Subtil Lacerda
Resumo
O acirramento da competição e a necessidade de menor exposição a risco marcaram a indústria automotiva nesta última década. Desencadeada por profundas mudanças em sua organização, especialmente no que tange a produção e o relacionamento entre firmas e com clientes, a reestruturação da indústria automotiva é palco de importantes inovações. Assim, a visão estritamente manufatureira da indústria automotiva cede lugar para o seu entendimento como um conjunto de atividades realizadas em três níveis: cliente final, montadora e fornecedores.
Este artigo tem por objetivo fazer algumas considerações a respeito dos novos padrões de organização da produção e de relacionamento na indústria automotiva, especialmente a partir do caso da GM/RS. O uso deste caso se justifica por ser, o Projeto Blue Macaw, uma espécie de síntese de novas tecnologias, políticas de investimento e, principalmente, de sucesso comercial (de onde, inovação).
1. Introdução
Ao longo do último século, a indústria automotiva tem se caracterizado como grande fonte de inovações tanto de produto – do T da Ford ao Smart da Mercedes Benz – como de processo – da produção em massa ao toyotismo. A última década, mais especificamente, aparece como momento de profunda reestruturação da indústria automotiva. Desencadeada pelo acirramento da competição, imposto pela homogeneização das normas de produtividade e qualidade da manufatura de veículos, bem como pela necessidade de menor exposição a risco, derivada da financeirização na captação de recursos, levando as montadoras a buscar novas soluções.
A reação da indústria automotiva a esta nova realidade ocorreu, mais uma vez, por meio de mudanças em sua organização, especialmente no que tange a produção e o relacionamento entre firmas e com clientes. Neste contexto, é necessário superar a visão