Planejamento de Cenários e Modelos de Excelência
Origens
O planejamento de cenários teve origem no meio militar, no exercício de jogos de guerra em que seres humanos e máquina interagiam. De acordo com Schwartz, o planejamento de cenários foi amplamente utilizado pela Força Aérea Americana (FAA) na tentativa de prever ações do inimigo e construir estratégias alternativas de combate. No início dos anos 60, tais métodos teriam se tornado extremamente mecanicistas e desaparecido não fosse o trabalho de Pierre Wack e Ted Newland. A partir da década de 70, o trabalho de Pierre Wack, um antigo chefe da área de planejamento da Shell, fez com que o planejamento de cenários assumisse nova dimensão. Na ocasião, Wack e os colegas da Shell estavam em busca de eventos que pudessem afetar o preço do petróleo, que se mantinha estável desde a Segunda Guerra Mundial apesar da demanda e capacidade de refino, ambas crescentes. Por serem previsíveis, estas variáveis não eram preocupantes. O que preocupava era a oferta, ou seja, os lugares de onde viria o suprimento. Aos poucos, a OPEP, de maioria islâmica, fortalecia-se politicamente e emitia sinais de que os países produtores se recusariam a fornecer petróleo além de suas reais necessidades. A partir desta percepção, Wack e sua equipe vislumbraram que os árabes elevariam significativamente o preço do petróleo. Durante o ano de 1972 e início de 1973, a mensagem da equipe de Wack percorreu a organização em todo o mundo. O preço do barril de petróleo poderia disparar de US$ 2 para o inimaginável patamar de US$ 10. Apesar do descrédito por parte de alguns executivos, a Shell começou a implementar algumas ações contingenciais. Foi neste período que a Shell, uma das mais pobres dentre as sete maiores companhias de petróleo do mundo, tornou-se uma das mais lucrativas.
A literatura também apresenta outra corrente de pensamento, segundo a qual a origem de cenários estaria