estudo da terra
Ideologia
É um equívoco acreditar que a tática Black Bloc serve para derrubar o Estado. Ela é fruto de raiva e de necessidade. Não é organizada, e nem sempre é ideológica no sentido de ter um direcionamento anarquista ou marxista. É apenas uma forma que uma parcela da população encontrou de deixar fluir sua raiva contra o Estado e defender manifestações legítimas no processo.
Não é um grupo uniforme, até porque não é, enfim, um grupo. Formam-se grupos extremamente diversos durante manifestações (convocados via redes sociais ou espontâneos) com o intuito de autodefesa que adotam a tática de violência revolucionária (tática Black Bloc) e, passado algum tempo, extravasam a raiva nos símbolos mais claros da opressão a que muitos ali são submetidos, notadamente bancos, bens públicos e um ocasional Clube Militar.
O repúdio às instituições carcomidas do Estado e críticas localizadas à atuação partidária (em especial do PT, PMDB e PSDB, todos que se declaram falsamente de esquerda) não podem ser encaradas com uma crítica generalizada à política. Nada poderia ser mais incorreto e distante da realidade.
Setores do PSOL e o PSTU preferem permanecer na posição de falsa vanguarda, enquanto o PT, parte do Estado repressor e aliado de primeira grandeza dos políticos responsáveis pela repressão no Rio, permanece na pura e boçal criminalização (não só dos Black Blocs, mas de todo o movimento social e grevista).
Conclusão
A principal linha auxiliar da direita no país, hoje, chama-se Partido dos Trabalhadores, cuja maioria de eleitos vota junto com Paes e Cabral, cujos representantes eleitos são responsáveis por violações (caso da Bahia, do Rio Grande do Sul), oferecem a Força Nacional para a repressão a movimentos populares, cuja direção está ligada carnalmente ao PMDB e outros partidos da mesma espécie e, ainda, cuja militância em peso silencia ou mesmo