Estudo da função estética e expressiva da luz
Instituto de Artes
Departamento de Artes Corporais
Relatório Final de Iniciação Científica PIBIC/CNPq
Quota 2006-2007
Estudo da função estética e expressiva da luz no espetáculo de dança em palcos italianos
Orientador: Prof. Dr. Eusébio Lobo
Co-orientador: Valmir Perez
Orientanda: Claudia Regina Garcia Millás (RA:031867)
Campinas, 2007
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1. Introdução
Este é um estudo relativo à iluminação cênica no espetáculo de dança em palcos italianos que analisa a função estética e expressiva da luz a partir de cinco instrumentos convencionais de iluminação: Par, Fresnel, Plano-convexo, Elipsoidal e
Ciclorama.
Entre as justificativas desta pesquisa inscreve-se a carência de material e informação bibliográfica nacional referente à iluminação para dança. Importa sobremaneira o fato de ser a luz um elemento fundamental na composição coreográfica, em especial nos espetáculos em Palcos Italianos (mais conhecidos como “caixa-preta”), o que faz necessário seu domínio enquanto ferramenta para ampliar as possibilidades de criação. Desta forma, não incluímos em nosso estudo, as possibilidades de trabalho em espaços alternativos que demandariam outro tipo de iluminação, como luz natural, velas, lanternas, candeeiros e outros instrumentos não elétricos, dependendo da estrutura física e da intenção coreográfica. Já no começo do século XVI, o teatro começou a se fechar em salas e em espaços que exigiam um tipo de iluminação artificial para compensar a ausência da luz solar. Portanto, era necessário um artifício que clareasse o palco e tornasse os artistas e objetos cênicos visíveis. Como a luz elétrica só seria inventada no final do século XIX, eram usados outros instrumentos de iluminação: primeiro as velas, depois as lâmpadas a óleo e, a seguir, as lâmpadas a gás.
A invenção da lâmpada elétrica em 1879 por Thomas A. Edson (1847-1931) foi um importante marco na história da iluminação. A eletricidade trouxe a