Estudante
Os smartphones são o resultado de um longo processo de evolução e convergência de dispositivos. Tudo começou com as agendas eletrônicas, que fizeram sucesso nas décadas de 1980 e 1990, servindo como uma forma prática de armazenar números de telefones, fazer anotações rápidas e criar alarmes para compromissos:
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As agendas eletrônicas são o resultado da combinação de um processador de 8 bits (como os usados nos primeiros computadores pessoais) e uma pequena quantidade de memória SRAM, que era usada tanto como memória de trabalho quanto como memória de armazenamento, criando um conjunto bastante simples, mesmo para os padrões da época.
Como os chips de memória SRAM precisam ser alimentados de forma contínua para conservar os dados gravados, as agendas eletrônicas usavam sempre uma bateria de backup, destinada a manter o fornecimento elétrico enquanto você trocava a bateria principal. Retirando as duas baterias ao mesmo tempo, você perdia todos os dados.
Na década de 1990 as agendas eletrônicas deram lugar aos handhelds e palmtops, organizadores pessoais mais evoluídos, que são o começo da nossa história. Um bom exemplo de assistente pessoal da era pré-palm é o HP 200LX, um handheld lançado pela HP em 1994, que era baseado em um processador Intel 186 (o 186 é uma versão modernizada do 8088, usado no PC XT), que era acompanhado por 2 ou 4 MB de memória SRAM, de acordo com a versão.
Além de ser bastante compacto (para os padrões da época), ele oferecia um teclado QWERT completo (incluindo até mesmo o teclado numérico e as teclas de funções) e um display monocromático de 80 colunas. O grande destaque é que ele rodava uma versão completa do MS-DOS (com suporte à instalação de aplicativos) e oferecia até 40 horas de uso contínuo com um par de pilhas AA, uma marca que até hoje é difícil de superar:
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O 200LX foi bastante popular entre profissionais de campo e como terminal de entrada