Estudante
As questões econômicas se fundamentam no contexto do processo de apropriação privada de toda riqueza desenvolvida socialmente, para que haja a permanência desse conjunto de políticas é necessário a manutenção da mesma. Sendo assim, a política social está configurada em um contexto em que visa camuflar os efeitos da economia capitalista. As quais se configuram através dos retrocessos no nível de vida dos trabalhadores, na naturalização de desigualdades sociais, onde o Estado concentra sua obrigação de desenvolver medidas de bem-estar social nas chamadas políticas sociais.
Durante o século XX surgiu à ameaça de adesão ao socialismo, entretanto, a burguesia adotou medidas interventivas que viessem a integrar a classe trabalhadora brasileira ao sistema capitalista. Tais fatores fizerem como que o Estado concedesse uma série de direitos políticos e sociais aos trabalhadores. Durante a crise a década de 1970, já sem o risco do socialismo, o Estado desprendeu das noções de bem-estar social. “Rompido o pacto com o Estado Social, conceitos como rentabilidade e eficiência passaram a constituir referências para as novas formas de elaboração de políticas sociais e de administração dos recursos públicos.” (P.296)
Aumentando os espaços para o desenvolvimento de ações capitalistas através do acesso dos serviços públicos ao empresariado e regulando os gastos destinados aos setores sociais, o Estado neoliberal torna-se cada vez mais um representando dos interesses da classe burguesa, contribuindo assim para a acumulação do capital.
No Brasil, a década de 1990 (principalmente a gestão Cardoso) marcou a abertura da economia nacional ao capital