Tropa de elite 2 o inimigo agora é outro
O capitão Nascimento fascinou multidões, com um ar de subversão, apresentou a mais atual política de segurança pública: tolerância zero contra os pobres. A violência apresentada como necessária e inevitável, apresentam um filme que criticava a polícia militar por corrupção e apresentava o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) como a mais nova solução para a segurança pública do estado do Rio de Janeiro. No Tropa de Elite II, mudou-se o foco, mas não a tese, o capitão Nascimento, tornou-se um ícone popular, salvador dos ricos, e do justiceiro dos pobres, que esperavam pelo fim da violência urbana a qualquer custo. A trama tem como tema a corrupção, mas desta vez, voltada para a milícia na sua relação entre polícia e políticos, num “sistema” em que Estado e grande mídia viabilizam a execução de crimes contra a humanidade. A crítica se aprofunda, quando ele resolve saber o que é este “sistema”, mostra, escancaradamente algumas contradições sociais que promovem a violência urbana. Enquanto no primeiro a crítica se volta contra a corrupção da polícia, o tráfico e os usuários de drogas, apresentando a violência contra o pobre como solução, o segundo busca culpar o “sistema” corrupto, ou seja, leva o tema corrupção para uma escala estrutural, sem abrir mão da violência de classe como preceito de justiça. O grande problema do sistema é a corrupção, na verdade o sistema é a corrupção. Seja a polícia militar, o usuário de drogas, a mídia, os governantes, o caos é a própria corrupção. Esta perspectiva nega o conflito entre classes sociais: os que trabalham e são explorados cotidianamente nos seus direitos sociais e os que exploram o trabalho destes, os ricos. Neste filme também podemos encontrar os dois lados da moeda: o facismo e o comunismo, concluindo, o filme mostra sistema meramente corrupto, e não o sistema capitalista como essencialmente desumano, podemos ainda, dizer que o sistema está corrompido e não adianta trocas as pessoas, mantido o