Estudante
No Brasil os jurados são sete, não doze. Suas decisões são secretas, por votos em urnas, com respostas a quesitos. Julgar é necessariamente um processo doloroso. Não é fácil, não é rápido, não é repetitivo, nem confortável. Quem não quer sofrer com a dúvida, e se inquietar com as contradições ou se deparar com dramas humanos que não têm respostas singelas, quem teme desagradar partes, colegas ou maiorias quaisquer que sejam elas, não se sentirá bem como juiz. O juiz não possui necessidade de ter olhos para ver: ele é um mecanismo inanimado, uma espécie de porta-voz através do qual a lei fala por si. É necessário que os jurados se certifiquem de todas as circunstâncias ocorridas e os seus respectivos agravantes. Que observem atentamente todas as provas e analisem com muito critério todos os testemunhos e indícios, o que, em essência, traduz-se por ser uma analise hermenêutica. Não caberá ao júri proceder a uma análise de um texto, ou de um livro, mas sim de um processo judicial, onde caberá aos jurados decidir e exprimir um veredicto final quanto à culpa ou inocência do jovem acusado e, se tratando deste Tribunal, esta sentença será proferida pelo juiz, com base no veredicto do júri, que poderá definir pela pena de morte. Ao adentrar a sala do júri, os doze jurados iniciaram o procedimento padrão, quando fizeram uma votação preliminar, antes mesmo de discutir quaisquer aspectos, apenas para conhecer a ideia prévia de cada um e, somados, de todos eles, no seu