Diversos
A primeira vez que ouvi e vi Caetano Veloso cantar Sampa foi na tv, num especial sobre ele, o Caetano, realizado pela tv Bandeirantes, de São Paulo. Me emocionei muito ao ouvir este sama-choro de grande beleza e profundidade poética. Ele traduziu o que é São Paulo de forma precisa, elegante e crítica. Há, no entanto, paulistanos/paulistas burros e de direita, conservadores e cegos, (como há também nordestinos, cariocas, mineiros, gaúchos, paraenses e paranaenses burros, cegos e de direita, pois só entendem o que é bom aquilo que é elogioso e que adere sem críticas e sem alguma pessoalidade aquilo que diz que lhe pertence, como a cidade de São Paulo – que não pertence a ninguém, pois é uma cidade do mundo. Morei por 17 anos em São Paulo e, certamente, é uma ciade mutante, que destrói coisas belas, sim; é só recordar dos lindos casarões da Av. Paulista que foram postos abaixos para que se construíse os espigões que agora estão lá. Há claro a deselegância discreta das moças de São Paulo. E isto é real. Isto quer dizer que muitas meninas lindas de Sampa se vestem mal, combinam mal as roupas. Vestem calsas de moleton com casaco jeans ou vestidos longos roxos com botas brancas, blusas estampadas e casaco de couro azul marinho. São discretas, mas deselegantes. Ao contrário do norte e nordeste onde as meninas, quando são deselegantes são também muito indiscretas e espalhafatosas. Mas eu vejo isso com muito bom humor. ;E, sim, muito engraçado e poético. Tem a dura poesia concreta das esquinas – q nada mais são do que as informações sintéticas das propagandas luminosas do alto dos prédios, que informam, divulgam uma marca de produto com extrema precisão e síntese, que é mais vista do que lida – e isto influenciou a poesia conreta dos poetas concretos de Sampa. caetano cita Deuses da Chuva e da Morte de Jorge Mautner, cita Ronda, cita a poesia concreta, cita Panamérica é um livro de Agripino de Paula, cita a banda Os Mutantes, cita Rita Lee, cita um monte de coisas