Estudante
ESCOLA DE ECONOMIA E GESTÃO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
Economia Monetária Internacional
O Euro como Moeda Internacional
Outubro, 2014
ERMELINDA LOPES
1. Nota Introdutória
O aprofundamento do processo de integração resultante do mercado interno europeu levou à criação da moeda única: o euro. Estava já criada a base económica (1992) com a livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais; pelo que era necessário avançar na componente monetária, dotando a União Europeia de eficiência no processo de pagamentos entre os Estados-membros, dotando-o de uma moeda comum credível e gerida supranacionalmente por uma instituição comunitária: o Banco Central Europeu.
A participação na moeda única exigiu por parte dos países membros o cumprimento dos critérios de convergência, na taxa de inflação e na taxa de juro, mas principalmente no défice e na dívida com valores de referência nos 3% e 60% do PIB, respectivamente. Dos 28 EM da UE apenas 18 fazem parte da zona euro, tendo sido países fundadores (1999) a Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Irlanda, Luxemburgo, Portugal. Fica assim, concretizada a ideia de one market, one money, no contexto da União Europeia. Mais tarde, juntaram-se a Grécia, a Eslovénia, a Eslováquia, Malta, Chipre, Estónia e Letónia que formam os atuais 18 membros da zona euro.
A convergência real é também um objetivo da UE que se concretiza na convergência das taxas de desemprego e do PIB per capita, que são fatores fundamentais para o bem-estar económico coletivo do espaço europeu. A moeda única é um instrumento monetário de convergência económica e, simultaneamente, de reconhecimento internacional do projeto europeu e de afirmação da UE no mundo. Para o efeito muito tem contribuído o peso do seu PIB na economia mundial e o controlo da taxa de inflação. Contudo, o alargamento a Leste que permitiu a