Estudante

Ensaio sobre ‘Ser Historiador’
“Ser Historiador” foi um tema proposto, pela professora Raquel Henriques, para a realização de um trabalho académico. A professora aconselhou que apoiássemos o nosso ensaio em obras como “Introdução à História” de Marc Bloch e “Para que Serve a História?” da autoria de Diogo Ramada Curto. Ser historiador vai muito para além de estudar o passado. Quem assume a responsabilidade de enveredar por este ofício, assume também a responsabilidade de mas também compreender o passado, para além de o estudar. Esta compreensão é necessária para que se possa passar um conhecimento claro e o mais perto possível da realidade que tomou lugar décadas, séculos e até milénios antes. Para que esta compreensão seja atingida, um historiador nunca pode ser exclusivamente historiador, tem também de desempenhar variadas funções, algumas das quais tenciono mencionar ao longo deste trabalho.
Para começar um historiador tem de ser um observador e investigador, tal como é descrito no livro de Marc Bloch, o historiador não pode observar os factos que estuda1 2 e por essa razão tem de investigar sempre até não lhe restar mais hipóteses para poder assim construir uma tese acerca de certo período da história. A investigação nem sempre é fácil, pelo que um historiador terá que ser paciente e crítico em relação às fontes, como Marc Bloch descreve no capítulo III da sua obra já mencionada3, e tem de estar disposto a trabalhar em equipa, pois a investigação histórica requer muitas vezes a ajuda de especialistas de outras áreas como a Geologia, a Geografia, a Antropologia, entre muitas outras.
Durante a investigação, o historiador depara-se sempre com documentos e testemunhos variados e consoante a sua área da história que está a investigar, existem bastantes “disciplinas auxiliares” (como Marc Bloch as apelida) ligadas à história, disciplinas essas das quais o historiador precisa de ter “pelo menos umas luzes”4 de forma a conseguir interpretar correctamente