Estudante
Fichamento: Condições de vida, violências e extermínio
O autor cita Santos, Silveira (2000) ao dizer que quando se quer definir qualquer pedaço de território, devem-se levar em conta suas interdependências e inseparabilidade entre a materialidade, incluindo natureza e ação humana.
Questiona com a Saúde Coletiva poderia analisar as violências naturalizadas, como as discriminações raciais e contra grupos específicos.
O autor discorre inicialmente sobre o termo violências, que é empregado no título do capítulo, esclarecendo que este termo está no plural pois há a existência de vários tipos de violências como assaltos a ônibus, acidentes de trânsito, estupros, linchamentos e homicídios. Sendo este último o foco do capítulo, procurando analisar o significado social da distribuição de homicídios em Salvador, partindo do viés da influência do capitalismo.
Constatou-se uma maior mortalidade masculina nos homicídios de Salvador, além da desigualdade social.
No início da década de 90, 7% dos homicídios tinham envolvimento policial, sendo apenas 1% dos homicídios pessoas brancas. Vítimas, na sua maioria, com primeiro grau incompleto e que moravam, especialmente no Subúrbio Ferroviário e no miolo da Cidade.
O autor cita o estilo “bandido-herói” (que não roubava e protegia os moradores de seu próprio bairro) e grupos de extermínio compostos de policiais.
A análise da distribuição espacial da mortalidade por homicídios em Salvador aponta a desigualdade como um dos maiores responsáveis pela violência. Mas as relações entre desigualdades e homicídios não devem ser compreendidas de maneira linear e a admitir uma única interpretação.
No caso dos homicídios relacionados às “intervenções legais”, existe enormemente a descriminação