estudante
E A Ribeiro, M O Mello
Resumo
Mulas, híbridos do cruzamento de Jumento (E. asinus, 2n=62) com Égua (Equus caballus, 2n=64) são quase sempre inférteis. Sete embriões muar (E. asinus x E caballus) foram transferidos pelo método não cirúrgico para 5 mulas acíclicas . As doadoras foram sincronizadas com D-clorprostenol e hCG e inseminadas com Jumento (E. asinus). As mulas acíclicas receberam uma aplicação de ciprionato de estradiol no dia da ovulação da doadora. Dois dias após, estes animais receberam Progesterona LA. A coleta de embrião ocorreu no dia 8 pós ovulação com solução de Ringer Lactato de Sódio, sendo o embrião transplantado para as mulas receptoras por via trans cervical. Estas receberam P4 LA no dia da transferência. O diagnóstico de gestação foi feito com ultra-som no dia 14 pós ovulação e repetidos semanalmente. As mulas que se tornaram prenhes, receberam semanalmente uma aplicação de P4 LA até atingirem 100 dias de gestação. Os animais vazios eram reencaminhados para nova transferência. Dos 7 embriões transplantados 3 foram diagnosticados como positivos aos 14 dias, sendo que um animal teve perda embrionária no intervalo entre o 1º e 2º exames de ultrasom. As mulas pariram após 358 e 344 dias de gestação. Portanto é viável o uso de mulas acíclicas (E. mulus mulus) como receptoras de embrião híbrido (E. mulus mulus).
Eqüídeos possuem a habilidade de se cruzarem entre espécies fenotipico e cariotipicamente diferentes. O cruzamento de ♂ E. asinus (2n=62) com ♀Equus caballus (2n=64) produz E. mulus mulus(2n=63)., embora este cruzamento tenha alta taxa de prenhes e com produtos viáveis, estes são normalmente inférteis. Wodsedalek (1916) foi o primeiro a propor que espermatozoides não são produzidos nos testículos dos burros por uma incompatibilidade cromossônica entre as espécies progenitoras, ocorrendo um bloqueio da meiose.Taylor and Short (1973) demonstraram que na ♀E. mulus mulus (2n=63) haveria um