Estudante
Somente em 1914, na Itália, a palavra patrimônio urbano começou a ser utilizada. *Haussman preocupava-se sim com a conservação dos monumentos históricos clássicos.* Apesar de haver decretos desde 1830 a respeito da proteção, preservação e restauração de monumentos históricos, os critérios que determinavam o que seriam considerados monumentos históricos sofreram alterações ao longo do tempo. Dessa forma, muitas edificações populares e do cotidiano foram derrubadas, pois não eram consideradas monumentos clássicos.
Já eram bem definidos os monumentos que representavam a nação e mereciam ser preservados, e não havia espaço para se formar uma discussão de grande alcance em torno da valorização ou não de determinadas construções, e sua consequente preservação, por seu caráter antigo ou representativo de outras épocas da vida da cidade.
Uma ideia de reurbanização desta área e recuperação de imóveis não fazia parte do universo de possibilidades praticadas neste momento. Além disso, este era o momento de entrar na modernidade, colocar a aparência da cidade em sintonia com os avanços da indústria e dominar a natureza a favor dos projetos de progresso da humanidade. A ciência era mais do que nunca valorizada, e seu uso na organização do espaço e bem estar da população era muito bem vindo.
1. Saudosismo em torno da velha cidade familiar que seria demolida;
Perde-se a unidade orgânica da cidade, sob a pressão desintegradora da industrialização. Além disso, não foi pensado em como os habitantes se sentiam em relação à remodelação da cidade. Poucos críticos da época questionavam a reforma de Paris. Eles criticavam a perda da identidade ambiental do morador em relação à cidade. Criou-se um sentimento de melancolia e nostalgia em torno da velha cidade. Alguns críticos foram: Victor Hugo e Charles Baudelaire.
Fica evidente a questão da atribuição de