Estudante
Todos os dias, a mais de trinta anos o major Policarpo Quaresma com a pontualidade de um astro celeste chegava-se em casa as quatro e quinze, ele era subsecretário do arsenal de guerra, sua rotina já era de todos conhecida que na casa do capitão Cláudio sua passagem fazia menção a hora do jantar que se achegava. Morava em casa própria e ia bem de condição, amante dos livros que não mostrava a ninguém, mas que, tornavam-se visíveis ao abrir das janelas. Ele era um patriota enérgico e conhecedor de toda fauna, flora, geografia, hidrografia e das riquezas diversas do seu venerado Brasil. Major Quaresma como era conhecido era um homem pequeno, magro e que usava pince nez. Sempre vestia-se de fraque, preto, azul, ou de cinza, de pano listrado, mas sempre de fraque e quase sempre com sua cartola. Ele morava com sua irmã Adelaide e poucas pessoas o visitavam com frequência com exceção de seu compadre e sua afilhada, mas, uma visita chamou a atenção dos moradores, três vezes por semana Ricardo coração dos outros um afamado cantor e compositor de modinhas ia a casa do Major lhe ensinar a tocar violão, e em uma dessas visitas Ismênia, a pedido de seu pai o general Albernaz, o convidou para ir tocar suas modinhas em sua residência. E para lá foram.Antes da festa de noivado de Ismênia o major quaresma em uma tentativa patriótica de demonstrar a cultura e a força do povo brasileiro escreve um requerimento solicitando a substituição da língua oficial, português, pela língua nativa Tupi Guarani lembrando em seu requerimento que a língua é a mais alta manifestação de inteligência de um povo, e que por isso o brasil deveria abrir mão da língua emprestada pelo seu colonizador. O requerimento foi motivo de troça e de zombarias por todo lugar e em todos os jornais. Trazendo o pacato major Quaresma a evidência e provocando assim a inveja de seus colegas de trabalho. Quaresma, a tanto tempo uma pessoa reservada, não estava acostumado em ser o centro