Estudante
Professor: Thiago
Disciplina: Biologia
Aluna: Emília Lopes Hoffmann Madureira - 9°B
RAÇA PURA, POVO ESCOLHIDO: A PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS EUGÊNICOS NO MEIO BRASILEIRO
Ao longo da história da humanidade, diversos povos, tais como os maias, gregos, romanos e celtas, tiveram o costume de eliminar suas proles que nasciam deficientes, malformadas ou muito doentes, pois sabiam que a sobrevivência destas seria praticamente (se não totalmente) impossível. Esta pratica outrora muito comum foi posteriormente explicada pela teoria da Seleção Natural de Charles Darwin (1809 – 1822) e pela Eugenia de Francis Galton (1822 – 1911), seu primo.
Criada no século XIX, a Eugenia é segundo a definição de seu criador Galton: “O estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente”.
Essa ideia, mesmo após ser questionada como ciência, se manteve ativa como desculpa para o racismo e outras práticas discriminatórias.
No Brasil os movimentos eugenistas surgiram nas primeiras décadas do século XX com certa força, pois seus pressupostos traziam explicações satisfatórias para a situação de “atraso” em que o país se encontrava e, ao mesmo tempo, parecia mostrar a solução para esse problema.
Segundo Galton, a hereditariedade ditaria o destino do indivíduo, ou seja, suas condições de vida estariam determinadas desde antes do seu nascimento. A Eugenia teve vários seguidores no Brasil, sendo seu principal expoente o médico Renato Kehl (1889 – 1974) que disseminou os ideais eugênicos através de seminários e congressos sobre o tema com participação de intelectuais e cientistas da época, tendo grande repercussão na elite da sociedade brasileira.
Kehl defendia a superioridade das raças europeias e propunha a construção de um povo brasileiro de predominância branca. Para isso condenava a entrada de imigrantes negros e asiáticos, a mistura racial, incluindo neste