Estudante
Título: Jongo da Serrinha: do terreiro aos palcos.
Indicação bibliográfica: Rio de Janeiro, GGE, 1995.
Localização: Museu do Folclore
Jongo: “Procuramos indagar também sobre aspectos mágicos do jongo, embora não seja esse um dos objetivos desse estudo. Isto porque a palavra magia é muito usada por nossos informantes, bem como outras usadas como o mesmo sentido pelos componentes do grupo do Jongo da Serrinha: mandrake, candonga, mironga, feitiçaria, reza brava (...) Quando ao horário de realização da dança também obedecia à tradição de ser sempre noturno. “O jongo sempre começava à meia-noite, meia-noite começava o tambor a rufar; meia-noite até o sol raiá, mesmo até sete, oito da manhã tinha o jongo.” (Eva e D Eulália)”. (p. 63) “Ao ser perguntada pela autora sobre a razão do jongo na Serrinha começar à meia-noite, “(...) Eva disse que era porque os jongueiros trabalhavam; até chegarem em casa, se aprontarem para a dança e chegarem no local, já era meia-noite. D Eulália respondeu: “O jongo era dançado à meia-noite porque era uma coisa de respeito! Era coisa de grande responsabilidade! O jongo tinha “troço” de responsa mesmo!”. Vovó Maria Joana certa vez me disse: “Isso eu num sei ixplicá, puçá di que qui cumeçava depois da meia-noite...”” (p. 64) “De acordo com Vovó Maria Joanna, o jongo era dançado na Serrinha nos dias santificados: dia de São Pedro, São João, Santo Antonio, etc., isto é, dias dedicados aos santos da Igreja Católica (...)” (p. 64) “Não havia dois jongos no mesmo dia na Serrinha. Era dança para ser dançada entre amigos, entre “irmãos”. As mesmas pessoas davam o jongo sempre no mesmo dia. Não eram muitos os jongueiros. “Era pouca gente”, segundo D Eulália. (p. 64) As pessoas que dançavam o jongo naquela época, na Serrinha, eram os adultos e idosos, pois a crianças e jovens não era permitido participar da dança. Às vezes, sendo os mesmos filhos de jongueiros, era-lhes concedido bater palmas e cantar durante um