Estudante

ÉTICA – UM DESAFIO A DESIGUALDADE

O termo ética nasce em solo grego, e entre os pré-socráticos, tem o sentido de ‘morada, habitat, toca de animais’. O termo êthos (com eta inicial) tem características bem definidas como: o ser ter a sobrevivência garantida pelas condições naturais que constituem o entorno ; a ameaça que existe por parte dos predadores e há possibilidades de segurança, familiaridade e conforto com seus pares. A representação contemporânea pode-se dar como exemplo um animal quando está longe do seu habitat natural, dificilmente ele se irá se adaptar, é mais fácil com aquilo que lhe é familiar e natural, onde sua vida vai achar um significado e direção. O motivo da terra-mãe está presente em todas as culturas. É com Aristóteles que esse termo deixa de ser físico e passa a ser uma disposição interna dos humanos, passando a significar ‘caráter, índole, hábito, natureza, costume’, êthos (com épsilon inicial). Esta mudança corresponde ao foco das próprias buscas filosóficas daquele tempo, a partir de Sócrates as questões principais giram em torno da alma, do conhecimento, da beleza e da justiça. Para Aristóteles o caráter, a natureza ou a índole humana visam o bem. A estabilidade de hábitos e disposição do caráter deve ter por objetivo o bem comum, o que requer ir além da simples satisfação de impulsos e desejos. A educação, então, será o instrumento por excelência para atingir esse modelo de ação prudente, justa e bela. O termo ética continua seguindo, e chega aos romanos onde é traduzido pela expressão latina mor-mores, que quer dizer ‘ costume, norma de conduta, hábito’. Enquanto o ethos indica algo que constrói, educa, pratica e conquista pela ação do individuo e seu ambiente, o mor-mores revela um sentido normativo, vertical, autoritário, que pede obediência e uniformidade. Primeiro nos deparamos com um sistema aberto, que pressupõe um aprendizado e adaptação às circunstancias reais e