Resumo Quinta Lição Freudiana
Escrito por Marq em 21 de junho de 2009 às 11:59
E esta lição é a que encerra as Cinco lições de psicanálise, texto de autoria freudiana. Pois bem, Freud retoma a quarta lição no que tange as teorias da sexualidade, mais especificamente a sexualidade infantil, e diz que o adoecimento acontece quando falta a satisfação das necessidades sexuais, seja por obstáculos externos ou por ausência de adaptação interna. Se lembrarmos as lições anteriores e entendermos que estas necessidades não satisfeitas serão reprimidas, entenderemos que os sintomas mórbidos contém ou certa parcela de sua atividade sexual ou ela inteira, sendo uma maneira de satisfação substitutiva. Duas coisas acontecem: o ego se recusa a desfazer a repressão que o fez esquivar da disposição originária e o instinto sexual não renuncia essa satisfação substitutiva. E assim será enquanto houver dúvida de que a realidade pode oferecer algo melhor.
Por este estilo de pensamento é que se supõe que as neuroses têm origem sexual. Na prática clínica de Freud, ele nos diz ter confirmado a afirmação anterior a partir da observação daquilo que ele chamou de transferência. Bem, a transferência é definida neste texto como a série de sentimentos que o paciente deposita em seu médico que, por precariedade de contato com a realidade, só podem advir das fantasias do paciente. Sobre as fantasias, Freud diz serem próprias da natureza constitucional da personalidade além de estarem contidos nelas muitos dos elementos reprimidos. Nós, insatisfeitos com a realidade, mantemos, então, esta vida de fantasias em que nos comprazemos em compensar as deficiências desta mesma realidade e encontramos aí um campo fértil para a realização de nossos desejos que foram reprimidos.
De volta para a transferência. Dito de outra forma, a transferência seria os sentimentos dos pacientes em relação ao seu médico mesmo que o médico não tenha dado causa a eles. Por aí, se conclui que estes sentimentos são parte das fantasias do