Estudante
Neste artigo promoveu-se uma profunda reflexão sobre a anulação do indivíduo no mundo contemporâneo, através da obra de Adorno Indústria Cultural e alienação social, e também, por meio da contribuição de Freud com O Mal-Estar na Civilização. Com base nesses estudos visualizou-se os desmandos preponderantes no modelo de sociedade atual. Entende-se que em detrimento do consumo e dos lucros o “homem” foi sendo afetado em todos os aspectos, por isso tomamos vários exemplos do cotidiano para as barbáries da ordem do comportamento e da subjetividade humana.
Vale enfatizar para a essa realidade crucial que só existe o consumo por haver consumidores. Os produtores lucram com a massificação cultural, por trás da indústria cultural existe um modelo ideológico que nada é pensado, dito, vendido e consumido que não seja para alienação e escravização humana. Diante do progresso da tecnologia e do consumo, da junção de homem e máquina, da falta de implicação universal para o individual a sociedade foi afastada dos valores humanos que davam consistência a individualidade do sujeito.
Procura-se neste artigo fazer “estranhamentos” acerca dos comportamentos selecionados socialmente como corretos, em várias passagens dos discursos advertiu-se para a “felicidade” com receita pronta, com encaixe do homem em todos os sentidos. Dar uma resposta que não seja encaixada para àqueles que comparam a vida como um jogo de lego é um tanto frustrante. Se há encaixe é porque não existe tensão entre o indivíduo e sociedade.
A partir dos trechos de Adorno compreendeu-se que os adeptos do modelo de mercado consumista são pobres escravos da produção repetitiva de coisas que não possibilitam em tempo algum à autonomia do humano. Pensar, refletir e questionar por intermédio do comportamento unificado é inadmissível nos dias atuais e retrógrado por pertencer a uma tradição cultural não necessária para o desenvolvimento da indústria cultural que reduz o homem a coisa. A afirmativa da