Estudante
Neste texto, o objetivo de Canguilhem é investigar “O que é a Psicologia?”, para tanto, ele vai esboçar uma história da psicologia, relacionada com a filosofia e outras ciências, para estabelecer as diversas visões de homem. Com isso, o autor divide o texto em quatro partes principais. Inicialmente ele discute que para responder esta questão, é necessário uma busca pelos fins que aparentemente são determinados, colocando que a psicologia não é heterogênea. Na segunda parte ele discute a psicologia como ciência natural, na qual deriva de um estudo da alma como um aspecto fisiológico e avança até a psicologia moderna.
Em seguida, o autor trata da psicologia como ciência da subjetividade, dividindo-a em três subpartes: A física do sentido externo, a ciência do sentido interno e a ciência do sentido íntimo. Nestas partes é discutido o fim da psicologia como ciência natural e a pretensão de uma nova ciência que explique o motivo do engano da razão em relação à realidade. Na quarta parte ele trata da psicologia como ciência das reações e do comportamento, na qual baseia-se na teoria de que o homem é definido com uma organização viva, com tendência a se tornar uma biologia do comportamento humano.
“O que é a psicologia?” Com essa pergunta, George Canguilhem inicia sua investigação sobre a relação da psicologia com a ciência e o objeto de estudo dela. Diferente da filosofia que tem a pergunta “O que é a filosofia?” como uma forma de construir o pensamento, essa pergunta direcionada para os psicólogos exige uma resposta que remete ao mesmo tempo àquilo que a psicologia é quanto à existência do psicólogo e à sua prática. Canguilhem defende que enquanto a psicologia ficar nessa dúvida quanto a sua cientificidade - o autor usa o termo “empirista heterogêneo” para definir o pragmatismo usado na psicologia para se definir enquanto ciência.