Estudante

A Reforma Francisco Campos Diante de um cenário político cercado por inúmeras incertezas, o Governo Provisório precisou lançar as bases que viessem sustentar a organização político-administrativa do território nacional. Para melhor viabilidade na área da saúde e educação foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública (1930) tendo Francisco Campos como primeiro ministro. Durante sua gestão o ministro promoveu significativas mudanças através de uma série de decretos que afirmavam a criação do Conselho de Ensino Superior no Brasil, a organização do Ensino Secundário, Comercial, hierarquização do corpo docente universitário. Neste período não havia um sistema educacional estruturado nacionalmente, mas através das ações mais objetivas do governo foi possível uma organicidade nos níveis secundário, comercial e superior. Ainda neste contexto foram criadas as universidades junto ao regime universitário. Dentre as instituições de ensino superior existentes até 1934 a USP foi a única que adotou cursos ligados à formação dos professores para o magistério. Em linhas gerais, o ensino universitário deveria prioritariamente elevar o nível da cultura geral, estimular a investigação científica e preparar para o exercício profissional. No ensino secundário, houve a intenção de pôr fim ao caráter propedêutico da aprendizagem o qual era dividido em dois ciclos sendo eles: o ciclo fundamental (duração de cinco anos e obrigatório para o ingresso ao nível superior) e o ciclo complementar (duração de dois anos), contudo não foi efetivada esta pretensão, antes havia uma clara fragmentação dos conteúdos de acordo com a escolha do curso superior pelo estudante. A avaliação era rígida e arcaica o que influenciava a evasão escolar sem falar na alta seletividade. Ainda no ensino comercial existiu a divisão entre cursos médio e superior os quais contemplavam as áreas ligadas à administração, comércio, contabilidade. Nesta modalidade de ensino houve relevente autonomia doutrinária