Estudante
O livro carrasco do amor o autor fala que não gosta de trabalhar com pacientes apaixonados, por inveja ou porque ele também almejava o encantamento. Ou talvez porque o amor e a psicoterapia sejam fundamentalmente incompatíveis.
O bom terapeuta luta contra as trevas e busca a iluminação, enquanto o amor romântico é sustentado pelo mistério e se desintegra sob um exame mais detido. Thelma, 70 anos de idade, rosto enrugado, tremor senil no queixo, o cabelo escasso, amarelo oxigenado, despenteado as mãos emaciadas com veias azuladas, nos primeiros minutos iniciais de nossa primeira entrevista contou-me que estava desesperadamente, tragicamente apaixonada e eu jamais hesitei em aceitá-la. Ela dizia que deveria está enganada, não podia está apaixonada. Como o amor poderia escolher assaltar aquele corpo velho, frágil e trôpego? O sofrimento de Thelma não me surpreendeu, sendo o amor sempre contaminado pela dor, mas seu amor era monstruosamente desequilibrado - não tinha nenhum prazer. Vivia uma vida atormentada.
Concordei em tratá-la, pois tinha certeza de que estava sofrendo, não por amor mais por rara variante, que ela equivocadamente tomava por amor.
Thelma estava distante e tensa no nosso primeiro encontro. Ao entrar- mos no consultório ela se quer olhou ao redor e sentou-se imediatamente. Sem esperar por qualquer comentário respirou fundo e começou a falar. Há oito anos tive um caso de amor com meu terapeuta. Desde então ele jamais deixou minha mente, quase me matei uma vez e acredito conseguirei na próxima. Você é a minha única esperança. Sempre ouço com cuidado as primeiras declarações elas são com frequência mais que reveladoras e prognosticam o tipo de relacionamento que conseguirei estabelecer com um paciente. As palavras nos permite entrar na vida do outro, mas as palavras de Thelma não tinha nenhum convite. Ela mostrou-me duas fotografias. A primeira era de uma linda jovem de 60