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Introdução
A doença hipertensiva especifica da gravidez é a intercorrências gestacional mais grave e que se responsabiliza por taxas bastante elevadas de morbidade e de mortalidade perinatal. Persiste como uma das principais causas obstétricas de mortalidade materna. O que mais intriga nessa doença é o fato de ser exclusiva da mulher, e somente quando grávida. Inicia-se com a prenhez, agrava-se no seu transcurso, complica-se em qualquer fase do ciclo gravidopuerperal, desaparecendo totalmente após o termino da gestação, e sem deixar seqüelas. Trata-se de uma síndrome inconstante no seu inicio, variável nas suas manifestações, imprevisível na sua progressão e incurável, a não ser pela interrupção da gravidez. Apesar da DHEG ser mais comum nas primigestas, acontece também nas multigestas, especialmente naquelas que tiveram a doença nas gestações anteriores, e tende a se repetir principalmente quando há mudança de parceiro. Outro aspecto epidemiológico é a tendência a se repetir na mesma família.
Quando a mãe teve pré-eclâmpsia, a possibilidade de uma filha ter esse problema é quatro vezes maior do que a população em geral, e se for uma irmã, o risco é seis vezes maior. A idade da gestante também interfere na freqüência da doença. É maior nos extremos da vida reprodutiva: abaixo de 16 anos e acima de 35. por motivos diversos a doença é mais freqüente nas gestantes com condições socioeconômicas e culturais desfavoráveis. A causa primaria da DHEG é a própria gestação. Deduz-se que os responsáveis primários pela doença são o óvulo e os espermatozóides que dão origem ao ovo e posteriormente, ao feto e seus anexos. O que não se sabe é porque isso só acontece em numero restrito de gestantes e não se repete sempre em nova gestação. Na atualidade, há uma tendência a se admitir que a doença comece na implantação do trofoblasto. Nas gestações que terão