Estudante
Um dos gargalos do sistema educacional brasileiro reside na qualificação do corpo docente, sobretudo os que exercem o magistério nas séries iniciais do ensino fundamental. Esses professores, na sua grande maioria de formação polivalente e sem curso superior, precisam estar habilitados a trabalhar com essa nova temática curricular.
Sugere-se, para tanto, um esforço por parte dos órgãos governamentais ligados à área de promoção da igualdade racial, no sentido de oferecer, em parceria com as instâncias educacionais, cursos de extensão sobre a história da áfrica e de cultura afrobrasileira, bem como a publicação de material didático-pedagógico que possa dar suporte técnico a atuação desses docentes no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
Já em relação à educação superior, poderia se fazer uma maior ingerência junto ao cne para que, no currículo mínimo obrigatório dos cursos da área de humanidades e ciências sociais, esteja presente a disciplina “história da áfrica”. Entretanto, consideramos que não basta apenas introduzir o estudo dessa disciplina no currículo desses cursos. Há que se pensar, também, na formação de profissionais em nível de pós-graduação(mestrado e doutorado) na temática dos estudos afro-brasileiros, a fim decontribuir com avanços na pesquisa científica dessa área.
As instituições de fomento à pesquisa (capes, cnpq, finep, fapesp, entre outras) poderiam incentivar essa formação mediante criação de bolsas de estudos e intercâmbios