estudante
O povo hebreu é um povo semita (um ramo lingüístico comum a hebreus e árabes), descendente de Éber, filho de Noé, que por sua vez é descendente da 9ª geração de Adão e Eva e era formado por pastores nômades viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia. Ali, às margens do Rio Eufrates, nascia Abrão, filho de Terá, no seio de uma família politeísta. Abrão desde cedo se recusou a aceitar o politeísmo e a idolatria às estátuas e aos astros. Tentou convencer seu pai e o povo de que tudo aquilo deveria ser obra de um único deus. O rei de Ur, Nimrod, sentiu-se particularmente ameaçado e insultado, pois ele mesmo queria ser considerado um deus. Ele condenou Abrão a morrer dentro de uma fornalha ardente, mas, milagrosamente, Abrão saiu da fornalha sem se queimar.
Por volta dos seus 75 anos, o deus de Abrão (chamado aqui de Jeová) finalmente se revela e pede para que Abrão deixe sua terra e parta para outro lugar. Ele se dirige para Canaã com sua mulher Sara, com sua família e com os convertidos ao monoteísmo, mas no meio do caminho resolve parar na cidade de Harã (atual Turquia), que também era um grande entreposto comercial no Oriente. Em Harã, Jeová faz um pacto com Abrão, prometendo descendência numerosa, o rebatiza como Abraão (que significa “pai ou líder de muitos”) e lhe promete uma terra para seus descendentes. Esta terra prometida era Canaã (que é hoje onde fica Israel, Sul do Líbano e parte da Síria). Abraão continua sua longa peregrinação até a terra prometida, de acordo com a aliança firmada com Jeová. Canaã era habitada por cananeus, descendentes de Cam (neto de Noé). Entre outros deuses, os cananeus adoravam Baal e El, deus dos deuses. Este sincretismo entre Abraão e cananeus iria ser a base do monoteísmo judaico. Na verdade, os povos seminômades adoravam diversos deuses, mas precisava-se de um único deus forte para justificar um estado teocrático que desse respaldo para a autoridade de um único rei. As histórias, que eram apenas passadas