O imenso enigma do mal
Se Deus é Bondade infinita...?
A vida é mesmo sofrimento?
Outrora, o povo temia as ameaças da natureza: relâmpagos, tempestades, inundações, terremotos...
Hoje, a própria humanidade desencadeia a violência, de um modo toda vez mais atroz e com técnicas mais poderosas para o mal.
O século foi o mais cruel da história: milhões de vitimas inocentes e
Deus calado...
O que pensar? O que crer? Muitas pessoas se questionam. A Bíblia nos daria alguma pista de reflexão?
Abrimos o livro de Jó ; um antigo folclore nos apresenta um homem na plenitude da felicidade.
Mas, por permissão divina, perde filhos, fazenda, conforto e até a saúde; “Jó ficou com feridas graves, desde a planta do pé até à cabeça.”(2,7)
É castigo? Não é?
O redator do livrinho ataca o problema –
3 amigos, Elifaz, Baldad, e Fofar vieram de longe para visitar Jó, não o reconheceram e começaram a chorar. Ficaram muito tempo caladinhos, sentados no chão ao lado de Jó, escutando o seu lamento.
“Pereça o dia em que nasci...
Por alimento tenho soluços e os gemidos vem-me como água...”
Elifaz tomou a palavra: (capitulo 4 e5)
“Se alguém se atrevesse a falar-te, aguentarias?
(...) Tu que a tantos davas lições e fortalecias os braços inertes,
(...) Hoje que é a tua vez vacilas?
Perturbas-te, hoje que tudo cai sobre ti?
(...) Ditoso o homem a quem Deus corrige:
Não desprezes a lição de Shaddai...
(...) Recordas-te de um inocente que tenha perecido?”
Jó tomou a palavra: (capitulo 5 e 7)
“Ah se pudessem pesar minha aflição e por na balança meu infortúnio, seriam mais pesados que a areia do mar.
(...) agora, olhei-me atentamente: juro não mentir diante de vós.
Voltai atrás , por favor: que não se faça injustiça, voltai atrás, porque justa é minha causa.
Há falsidade sobre minha língua?
Meu paladar não poderá distinguir o mal?
(...) antes a morte que meus tormentos”
Baldad tomou a palavra: (capitulo 8)
“Até quando falaras desta maneira?