estudante
Bens Piratas” Fernanda Casagrande Martineli
1. Introdução e considerações metodológicas e horizonte epistemológico
A autora faz um estudo por meio de pesquisa que levanta questões reflexivas sobre o consumo e o consumo de bens piratas. O consumo é tratado como uma forma de comunicação e socialização, e a pirataria como uma mudança que interfere nos rituais de consumo.
Condenar o consumismo sob o senso comum é aceitável e politicamente correto, uma vez que a exaltação nos anúncios publicitários foge um pouco da realidade, principalmente, se o produto a ser consumido não for de subsistência.
Já o consumo de bens piratas, a crítica a tal prática é maior, tendo em vista que em primeiro plano vem a questão monetária com prejuízos e perda de capital.
Atualmente as corporações pressionam o Estado através da mídia de massa para combater a pirataria, no entanto, em períodos pré-capitalistas, copiar significava talento, reconhecimento e respeito pelo trabalho original.
Existem cópias que foram feitas para enganar compradores, como obras de arte. No caso dos bens pirataria o comprador não porque estão sendo enganados, mas porque querem enganar os interlocutores nas interações sociais, ou seja, parecer ter algo autêntico nas relações com o outro.
A autora trata do consumo de bens piratas como uma questão de mercado abordada sob a ótica cultural e não econômica, já que a intenção é fazer uma reflexão mais ampla, visto que pelo lado mercadológico, a pirataria, se resume apenas na produção de bens que violem os direitos autorais, a propriedade intelectual e a marca registrada.
Ela faz ainda um estudo sobre bens de luxo pirateados, permitindo uma melhor compreensão sobre as hierarquias que se formam e articulam sobre as práticas de consumo.
O Consumo vai além da satisfação das necessidades por aquisição de bens materiais, porque a partir daí se formam as redes de